SOB O EFEITO DAS ESTRELAS

 

Ontem - eu, solitária, pela rua,

Lembrava embevecida, das estrelas,

Quando tão perto, eu, podia vê-las,

Ao contemplar feliz, a face sua.

 

Porém, hoje sozinha, ao ver a lua -

Em lágrimas - (tentando por contê -las),

Fecho meus olhos, procurando tê- las -

Estrelas - a guiar-me a alma nua.

 

Despida do esplendor do teu sorriso

Troco as estrelas pela lua - mas sigo

auspiciosa, a contemplar-me em riso

 

Filetes - prata-mágico, a aquecer- me,

de sonhos, quando ao luar, mendigo,

A luz do teu amor, a guarnecer- me.

 

xxxxx

 

Interação do poeta LUIZ EDUARDO OLIVEIRA. Grata!

 

DEBALDE

 

Por uma Inexistência apaixonado

quais juras de cavaleiro andante,

atraca-se ao se sentir sublimado

por um amor que lhe faz errante.

 

Ergue a espada e já destronado

luta, crendo, o golpe destoante

e cego, em acertar algo, o lado

que lhe mais deixa ser bacante.

 

Intensa luta reflete o amor vazio

pois só ventos são seus inimigos

e deixará por terra quais defuntos.

 

Ou ilusão ou um amor sem brio,

uma jura que nem lhe rendeu amigos

faz-lhe expor-se com os pés juntos.

 

xxxxx

 

Outra bela interação do poeta LUIZ EDUARDO OLIVEIRA.

Grata!

 

SOB ESTRELAS E PÉS

 

Nos escritos que tu fazes bela és,

dama das rimas raras e tão ricas.

Por nós zela e jamais abdicas

quem está sob as estrelas e teus pés.

 

Banha-nos como a água no convés

que do vem do mar (sem ter suas bicas)

e lava as almas que tu medicas

ao ler versos não vindos de galés.

 

Sobre as estrelas tu e, nós, terra,

que da luz precisa precisamos

às modéstias linhas que aqui se grifa.

 

Adoça os olhos que aos teus versos berra

e fá-los ver o que necessitamos

abrindo tua janela e alcatifa.

 

 

- AMEI -

Aila Brito
Enviado por Aila Brito em 02/03/2020
Reeditado em 12/02/2024
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