A última po(RR)esia.
Aragem: sol abre olhos; suja rua.
Lua borrou toda sua maquiagem,
Traquinagem do ocaso; a vida crua.
Sua contrição pela sacanagem.
Pelagem arrepio, nua de letra,
Preta ficou a sua boca da noite,
Afoite no querer, qual borboleta.
Silhueta gorducha; lança a poite.
Pernoite em dia, sem verbo nenhum.
Um jeito amassada em goles fatais.
Ais sem rimas; pra tudo, nem tchum!
Pum para vida, em ‘foda-se’ fatais,
Sinais da poesia? Tonta? _ Unrum!
Algum poeta? _ Fugiu dos anais...
#ordonismo
Uberlândia MG