A última po(RR)esia.

Aragem: sol abre olhos; suja rua.

Lua borrou toda sua maquiagem,

Traquinagem do ocaso; a vida crua.

Sua contrição pela sacanagem.

Pelagem arrepio, nua de letra,

Preta ficou a sua boca da noite,

Afoite no querer, qual borboleta.

Silhueta gorducha; lança a poite.

Pernoite em dia, sem verbo nenhum.

Um jeito amassada em goles fatais.

Ais sem rimas; pra tudo, nem tchum!

Pum para vida, em ‘foda-se’ fatais,

Sinais da poesia? Tonta? _ Unrum!

Algum poeta? _ Fugiu dos anais...

#ordonismo

Uberlândia MG

Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 01/03/2020
Reeditado em 01/03/2020
Código do texto: T6878184
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