Um verso; todo amor jogado fora.

Grito de alguém; dó naquele papel.

Céu de um coração por caneta escrito.

Bonito o desnudar de puro véu.

Anel não aceito, socorro em negrito.

Agito dentro em vento e fogaréu;

Carrossel e luzes giram num rito.

Frito em sentir; atacado e granel.

Escarcéu muito além até do espírito.

Aflito era o verso, choro, fiapo,

Guardanapo em fossa; quase oceano.

Dano causado por um não, sopapo.

Papo que teve o seu fim; ele, insano.

Plano: ‘eu te amo’ desando-se em escapo.

Trapo, ele na calçada; desumano.

#ordonismo

Uberlândia MG

Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 29/02/2020
Código do texto: T6877434
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