O TRISTE NAVEGANTE PERDIDO
O triste navegante das penumbras noites
Em busca da resiliência abnegou a alegria
Fechou-se estranho num estranho labirinto
Carregando triste fado abraçou uma alegoria.
 
Perdeu-se em um mar complexo de ilusões
À deriva sem vela perdeu a autenticidade
 Para não ter risco de sofrer não mais amou
E acabou enjaulado em um lar de infelicidades.
 
Velho lobo solitário navega pelo mar da vida
Há quem diga se tornou totalmente estranho
Alheio ao mundo seus olhos não tem mais brilho.
 
O que fez aquele pobre homem perder o trilho?
Um amor não correspondido, ilusão sem tamanho,
Nenhum bálsamo mágico o curou daquela ferida.
JOEL MARINHO