Vadia

Poesia, toda a noite provoca,

Boca numa intimidade; ousadia,

Arrepia todo estro quando o toca.

Sufoca tanto, do bardo judia.

Covardia, no cerne ela se aloca,

Convoca o querer; o corpo irradia.

Surrupia a noção, não se equivoca.

Soca aquela saudade em estadia.

Vadia, o pensamento ela bulina.

Declina o poeta, e nua, o desnuda.

_Tesuda de sopros essa menina!

Empina; dos dedos tem uma ajuda,

Aguda; papel, pena; adrenalina.

Sina: ejacula e para ode demuda.

#ordonismo

Uberlândia MG

Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 28/02/2020
Código do texto: T6876684
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