ÍNTIMA PRETENSÃO
Quando da lua nova, deslumbrante branca
No céu azul, frio com prenúncios de inverno
Sentirei o êxtase do amor — magia franca!
A tocar-me a essência com lume eterno.
Ideias voláteis, em novo alvorecer,
Numa mansidão da evidência irão flutuar
Na exaustão dos sentidos meu enrubescer,
Vela a certeza de tanto te amar.
Chorei absorta, mas não por prazer
Tua paixão ocultava-se e meu padecer,
Deflagrava na pele a solidão...
Hoje desfrutamos desse embevecer,
Entre os azulados jardins a florescer,
Fantasias numa íntima pretensão.