**RIMAS AO LUAR***
Além do meu jardim, andejo ao vento...
Amor silente, leve, pés morosos.
Voejo, por caminhos olorosos.
Buscando sonho, verso ou acalento.
Valsando tal qual pluma, o pensamento...
O âmago envolto em véus audaciosos.
No peito, vagalumes ansiosos...
Conhecem meus desejos mais intensos.
Te quero, como a Rosa, Beija Flor!
Instantes de gerânios, são contigo.
Se a noite orvalha versos, Meu Amor...
De rimas ao luar, é meu vestido.
Eu anoiteço estrela e acordo flor...
Se nos teus braços durmo, Meu Querido!
Yeyé *
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MAGISTRAL POETA
FERNANDO BELINO
**A uma Poetisa**
Contrária às evidências, Borborema
Refuta a própria etimologia
Perfume e cor rescendem doce tema,
Imagens duma esplêndida poesia.
Seu verso, que ao leitor sempre extasia,
Obra-prima, primor, lavra suprema
Que canta avida em fúlgida alegria
Rompendo em liberdade a fria algema.
Tão bom é te encontrar nesta manhã
De quarta-feira fria e tão cinzenta.
Você, que há tanto tempo fez-se irmã
De um vate que, na vida, ao menos tenta
Lutar a cada instante a luta vã
Do verso que nossa alma ainda alenta
Fernando Belino
Obrigada, Nobre Sonetista
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