ENTRUDO E POESIA
Aqui jaz meu carnaval sob a valsa da dor.
Claro, que sou poeta. Isto é fato.
Nunca falho, com a poesia.
Ela é farta de dias e me anima.
Oh musa, deusa, serva minha!
O Entrudo ainda cisma, e tantos mortos
já fizeram a travessia...
Eu? ainda insisto em dedilhar o teclado...
E escuto um capitalista feliz
Que toca sua valsa dita triste
E soçobro, em meio a mais um dia
Não tenho culpa se há folia
Só vasculho o tempo ido
Acalentada pelo belo passado.
Valéria Guerra Reiter II