Carnaval

Trocaram olhares profundos

Depois nunca mais se viram

Deixaram os anseios fecundos

Morrerem enquanto evadiram

E pelo caminho não rente

Eles viam pessoas desertas

Em ruas tão cheias de gente

Vazia e de vidas incertas

E a luz, e a cor dos festejos

E o intento dos tantos cortejos

Fantasiavam aquele trivial

Desejo de então preencher

Enormes lacunas de um ser

Que afloram em todo carnaval.