Na Casa
Aqui, na casa amarga, os meus soluços
afligem vários sonhos ilusórios
fazendo-me sentir os acessórios
da triste sina a machucar-me os pulsos...
Quem dera descansar em véus mastruços
sentir os leves ventos dilatórios
cantar de corpo e mente em auditórios
celestes, puros cantos sem rebuços!
Aqui, na casa amada, os vãos lamentos
atinam mansos sonhos barulhentos
trazendo dores cheias de mistérios...
Quem dera descansar num céu de glórias
perder-me em caminhadas meritórias
em vez dos tais tormentos deletérios!