ATRÁS DO BREU

Se visses tão bravio o mar de agora,

batendo na muralha secular,

talvez, tu imaginasses como chora

meu peito angustiado por te amar...!

e cada onda vinda e que vai embora,

é feita o meu soluço sem cessar;

minh’alma que te ama, que te adora,

jamais há de deter-se em te esperar!

eu sinto estas saudades abissais

e tremo ao pensar que nunca mais

o teu olhar não veja mais o meu...

assim, feito a maré que se esvazia

tua ausência me retira a alegria

Meu Sol vai se esconder atrás do breu....

Arão Filho

SLZ-Ma, 22.02.2020,