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        A HORA DA MISERICÓRDIA

                  
Às vezes peço que seja enfermeira,
Leve quem sofre e já não pode mais...
Quem já viveu tanto, até demais,
Quem já  sacrificou a vida inteira.

Morte, oh! morte, seja companheira,
Eu não me espanto, já levou meus pais...
E estes momentos se tornam normais,
O Olhar de compaixão rompe  barreiras.

Leve a humilde e Santa Criatura
Até ao Plano Alto e Superior
Onde Deus distribui suas Venturas.

Eu só lhe peço agora, com amor,
Ela foi Serva submissa e pura.
Leve-a em paz, ao Nosso Senhor!




Amigos, fiz este Soneto para uma pessoa muito
chegada a mim que está num leito de Hospital.
Criei  estes versos, depois que li outros de um querido
poeta aqui do Recanto das Letras.
Inspirei-me neles, mas de forma inversa.
Abraços a todos.
A morte muitas vezes é uma libertação.



                

 
Adria Comparini
Enviado por Adria Comparini em 22/02/2020
Reeditado em 22/02/2020
Código do texto: T6872166
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