Olhos de Prata

O nascer do sol, à sua face, que a luz nega

Renega as cores do arco-íris , à sua retina

Olhos de prata, os dias foscos lhe destinam

Um futuro incerto, esperança que se apega.

Um pássaro alado, rebelando sobre as asas

As dores d'alma, que cruzaram seu destino

Que fechou as fendas, e sonhos de menino

De alçar o mundo, ir ao céu, e vir pra casa.

Das trevas, o prisioneiro que chora e canta

Ao bater as asas, as torturas, logo espanta

E jamais se entrega, à gaiola da cegueira.

De um senso agudo, sobre seu leito dorme

O despertar da águia, é seu único uniforme

Que na audição, o conduzirá, à vida inteira.

HELDER C ROCHA
Enviado por HELDER C ROCHA em 19/02/2020
Reeditado em 02/04/2021
Código do texto: T6870071
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