No quadrado
Me encontro perdidamente apaixonado
Mil tsuru para uma promessa de paz?
Quem sabe num poeta improvisado
O que será que mil sonetos não faz?
Mas se não lhe tocarem fundo no peito
Então sonetos só em folhas quadradas
Pois se inspiração não surtir efeito
Dobrados serão para, em grous, uma revoada
Assim garantida alguma utilidade
Pois falar do meu amor é imperativo
Sonho abrir-lhe os olhos para a verdade
Mas se versos não atingirem objetivos
Desta paixão e sua insanidade
A promessa de paz como paliativo