FEVEREIRO
Língua, tutora do escarro,
enfio na tua boca.
E confesso orgias loucas
quando em tua orelha esbarro.
Se fazes a porra louca,
sadicamente te agarro.
Moldados do mesmo barro,
sei que a virtude em ti é pouca.
Na rua nos esfregamos,
ao chão elevamos o espírito.
E no sexo comungamos,
com fervor, ódios explícitos.
Saciados os instintos...
Solidão, volto faminto!