ANDOU (soneto)

Meu sentimento evaporei na saudade

Da essência do amor, que me arrastava

Ah! como quis um dia, como sonhava

Agora, cada qual no tropel de liberdade

Insana, as paixões devoram à vontade

Que a mente sã... se faz de tão brava

Em uma existência, ali, cruel e escrava

Do desejo, tão em busca de felicidade

Agrados, querer meu e meus danos!

Essa paixão, que no haver não coube

Fez poetar aos versos os desenganos

Antes que a solidão o sossego roube

O tempo, pra não se perder nos anos

Andou! o que permanecer não soube.

© Luciano Spagnol - poeta do cerrado

17/fevereiro/2020 - Cerrado goiano

Olavobilaquiando

Vídeo no YouTube:

https://youtu.be/x586B0At2_s

Luciano Spagnol poeta do cerrado
Enviado por Luciano Spagnol poeta do cerrado em 17/02/2020
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