O INSETO
Zumbindo rente à poça d’água, o inseto,
zigzagueia leve e arremete
em voo de dar inveja e se reflete
no espelho d’água e mira-se completo...
e, ao tocar na lâmina, discreto,
em cada voo um arco ele repete,
e as asas qual papel de um confete
exprime lindas cores com afeto...
O Sol iluminando e o dia quente
desnuda-lhe e, as asas transparentes,
rebrilham como fossem purpurinas...
Que cena linda eu vejo! É um presente!
um inseto delicado, intermitente,
parece uma graciosa bailarina!
Arão Filho
SLZ-MA, 12.02.2020