(((EXTREMOS))) Soneto
EXTREMOS
Soneto.
Já não me pareces o mesmo,
Pois, divisas ambíguas maneiras...
Teu silêncio me deixando a esmo,
Fazendo-me pensar asneiras...
Tua presença em divisa fronteira,
Mas, o corpo no meu pede o teu.
A saudade me fazendo forasteira
Nessa trilha já me sinto sandeu.
Em figuras que preenche vazios...
De silêncios que acumulam espaços,
Em intervalos com palavras de aços.
O desejo cede logo aos extremos...
Em sentido castigo perdido em regaços,
Essa trama, mais parece Mar de Sargaços.
Fevereiro – 2020
Margareth D. S. Leite.