Sentada numa cadeira de balanço, no vai e vem
os pensamentos voaram anos atrás, o céu lindo!
relembrar os amigos que passaram.
na infância longínqua todos cresceram casaram-se,
a vida seguiu seu ciclo natural!
lembrando dos amigos, alguns como magia lentamente
passaram, outros iam passando sem que percebesse
logo sumiam. Alguns deles ternos e companheiros,
outros que logo traiam mostrando seu caráter, alguns
fingiam-se de bons para obter a confiança logo dava
o golpe. A vida é uma roda viva, e passageira seguia
sendo enganada, ela tola inocente deixava-se enganar.
queria tão pouco...apenas um amigo, um abraço,
Um companheiro solidário, que a aconchegasse.
A maioria nem adeus disse, apenas desaparecia como ar.
à alguns anos atrás perdido na memória foi a ocasião de
conhecer quem realmente era amigo, seu esposo caiu em
grande desgraça. Ela sozinha em grande sofrimento olhou
para todos os lados; onde estavam os amigos? Aqueles que
em noites de jantares regado a vinhos importados estavam
ali bajulando. Desapareceram como magia...
os filhos já casados desapareceram, nem uma pergunta.
apenas dois ficaram fortalecendo o dia a dia... o filho
caçula também casado, mas ficou, e como ficou...
e o principal Jesus foram o conforto de anos e anos.
não queria esmolas de ninguém, apenas um abraço.
aonde andam todos por favor?
não precisa dar nada, nem o telefone tocava era como lepra.
os presentes e lembretes os convite tudo, o vento levou,
como estarão suas almas mesquinha agora?
as pedra mudaram seus rumos tudo mudou,
não deixem que o mal que fizeram corroa suas vidas,
ainda é tempo de resignação...
quem sabe nos esbarremos nos labirintos
desta vida que não esconde nada.