SE NÃO POSSO DIZER, ESCREVO...

Jamais, alma querida, hei de dizer: Te amo!

Por isso não tenhas tanto medo de mim...

Ainda que eu amargue esta ânsia louca, a Deus eu clamo

que me sufoque esta emoção até o fim...

Mas não penses nunca que isto é chiste de arlequim,

ou quimera de um vate louco que eu proclamo!

É sentimento que transcende ou coisa assim,

pois não invento amores... Nem com eles tramo...

Eu te amo sim... Mas é difícil esta verdade!

E ainda que eu sofra de desejo e de saudade,

este segredo que é promessa vou manter!

Mas se é defeso eu te falar de tanto encanto,

nada me impede que possa agora, entretanto ,

por tanto amor este soneto te escrever!

Música- Amor, amor.

Nelson de Medeiros
Enviado por Nelson de Medeiros em 08/10/2007
Reeditado em 19/06/2011
Código do texto: T686340
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