SE NÃO POSSO DIZER, ESCREVO...
Jamais, alma querida, hei de dizer: Te amo!
Por isso não tenhas tanto medo de mim...
Ainda que eu amargue esta ânsia louca, a Deus eu clamo
que me sufoque esta emoção até o fim...
Mas não penses nunca que isto é chiste de arlequim,
ou quimera de um vate louco que eu proclamo!
É sentimento que transcende ou coisa assim,
pois não invento amores... Nem com eles tramo...
Eu te amo sim... Mas é difícil esta verdade!
E ainda que eu sofra de desejo e de saudade,
este segredo que é promessa vou manter!
Mas se é defeso eu te falar de tanto encanto,
nada me impede que possa agora, entretanto ,
por tanto amor este soneto te escrever!
Música- Amor, amor.