CASA...

Ó músculos de concreto, esqueleto de ferro

A carne de argamassa, a pele sua pintura

As rugas pelo tempo em cada rachadura.

Meus sentimentos nela sob o chão enterro...

Ó casa cujos olhos nas manhãs descerro

Teu coração é a televisão que não me cura

De onde emoções oferta a quem procura,

Mas que não pulsa a sã verdade que eu espero...

Com veias de eletrodutos, sangue elétrico

Permite a vida em cada espaço geométrico,

Que quando o sol se põe acende a fria luz...

Ó casa, corpo morto, mas que é o habitar

Dos sangues verdadeiros, conhecido lar

Das almas, cada uma com a própria cruz...

Autor: André Luiz Pinheiro

11/02/2020