CANTAR DE NOVO
EU CANTO COM A VOZ DO PENSAMENTO,
QUE A NOITE DANÇA PELA RUA FORA
UM SOM SUSTENIDO E TAMBÉM CHORA,
NESTE LUGAR DE CETIM DO MEU ALENTO.
VOU CANTAR DE NOVO COM UM VENTO,
QUE ABRAÇA COM OS BRAÇOS A NORA,
ONDE VOU BUSCAR ÁGUA QUE MORA,
LÁ EM CIMA DA BARRIGA DO CIMENTO.
NA FÍMBRIA DAQUELE SONHAR SUÁVE,
VAI TOMBANDO UMA HASTE TÃO GRAVE,
ONDE NA CURVA DO DIA ADORMECE A LUA.
NAQUELA ESCADA COMO UM VÉU DE TERNURA,
SE OUVE CANTAR UMA ESTRELA QUE PERDURA,
NA SEMENTE DA PIRÂMIDE DE ALMA BEM NUA.
LUÍS COSTA
25/05/Q2/2005