CANTAR DE NOVO

EU CANTO COM A VOZ DO PENSAMENTO,

QUE A NOITE DANÇA PELA RUA FORA

UM SOM SUSTENIDO E TAMBÉM CHORA,

NESTE LUGAR DE CETIM DO MEU ALENTO.

VOU CANTAR DE NOVO COM UM VENTO,

QUE ABRAÇA COM OS BRAÇOS A NORA,

ONDE VOU BUSCAR ÁGUA QUE MORA,

LÁ EM CIMA DA BARRIGA DO CIMENTO.

NA FÍMBRIA DAQUELE SONHAR SUÁVE,

VAI TOMBANDO UMA HASTE TÃO GRAVE,

ONDE NA CURVA DO DIA ADORMECE A LUA.

NAQUELA ESCADA COMO UM VÉU DE TERNURA,

SE OUVE CANTAR UMA ESTRELA QUE PERDURA,

NA SEMENTE DA PIRÂMIDE DE ALMA BEM NUA.

LUÍS COSTA

25/05/Q2/2005

TÓLU
Enviado por TÓLU em 11/02/2020
Código do texto: T6863294
Classificação de conteúdo: seguro