SIMILITUDE




 
Queria fazer um verso tão leve,
Que as palavras planassem no papel.
Que como a flor, tivesse a vida breve,
Mas que, ao lê-lo, nos elevasse ao céu.
 
Que dissesse da pureza da neve
E da doçura açucarada do mel,
Para quem sabe (meu pensar se atreve),
Ouvi-los pela voz de um menestrel.
 
Com afã fiz o melhor que pude,
Não faltou empenho nem atitude,
Neste meu versar simples e bisonho.
 
Cecília me perdoe pelo sonho,
De ver os versos rudes que componho,
Próximos aos teus em similitude.
Jota Garcia
Enviado por Jota Garcia em 10/02/2020
Reeditado em 12/02/2020
Código do texto: T6862731
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