A MORTE DO POETA
Lá, o sol chorava muito devagar,
Enquanto no jerdim desta vida...
O Poeta se quer mesmo suicidar,
Porque lhe fazem muita partida.
O vento dança e torna a dançar,
Na roda da vida nesta despedida,
No coração da noite, fica a cismar,
Entretanto a vida fica então sentida.
Só dá muito e muito azar, pois é,
Naquele sol ardente, ele sem fé,
O Poeta adormece e logo esquece.
Pois ele luta com força de vontade,
Ele vivendo negra e dura realidade,
E morrer nesta vida tudo acontece.
LUÍS COSTA
23i07/2004