Soneto à Ribeira

Aqui, nesta beira

de um cais na Ribeira

o tempo passa vagarosamente lento

que até pareço voltar no tempo

Suas águas surram meu corpo

mesmo sem me tocarem a pele

de tal forma que, absorto,

pareço levitar, de tão leve

No céu, aves de carne e de aço

voam, talvez, sem rumo certo

mas levam deste cais, decerto

uma impressão certeira,

de que, como num abraço,

o tempo para na Ribeira

De uma bela tarde na Ribeira.

Salvador, 09.02.2020

Vininha Moraes
Enviado por Vininha Moraes em 09/02/2020
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