Censura #1 (Machado e Kafka)

Já não bastasse em vida, o embranquecimento

E postumamente, da sua cor, o esquecimento

Machado, que vergonha alheia me inflama

Dessa governo velado e em chama

Não estás sozinho no desespero pela censura

Junto contigo, há Kafka, numa ignorante desventura

Haja metamorfose, em nós, tão leiga democracia

Ignota em humildade, maleducada em mais valia

Suportar com paciência a cólica do próximo

Leva meus instintos aguçarem ao máximo

Nas palavras/soneto voltar-se, exímio

Esperançar em paciência, metamorfose ao paraíso

Respirar calmamente, não faltar com juízo

Talvez me borbolete, posteriori, sorriso

Arthur Barbosa
Enviado por Arthur Barbosa em 07/02/2020
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