Exílio

Entre as calmas noites tenebrosas

Do exílio do peito explode arquejos,

Meus desejos queixam-se aos desejos

Vulneráveis as dores pavorosas .

Esperanças carnais impetuosas

Suplicando clemências e gracejos

Nesta ânsia imortal dos meus ensejos

De ascender novas chamas calorosas

E, assim, eternamente encarcerado,

Entre os sonhos vazios — amargurado

Não encontro a paz em minha vida

Minha face demonstra todo o pranto

E o silêncio da voz ecoa o canto

Sufocado com a mágoa adormecida.