CONTABILIZAR
Falo muito ajo pouco, nesse se jogar
translouco
Mas é medo de me machucar, e não
cicatrizar
O certo o erado pressão social, mental
limitação
Nem sempre a verdade e sanidade, duro
é ter idade
Me resguardo de mim mesma, quando
o outono me desfolha
As raízes estão as amostras, como veias
em minhas mãos
Memoria indissolúvel, as vezes volúvel
pois não é café
Que vem à tona para eu me distanciar
também silenciar
Do empobrecido, sofrido, superficial
amor meu
Minha alma é densa na entrega, razão
pela qual sou intensa
Meus espirito que é transcende mais alma
que matéria
Mas platônico que libidinoso, mais emoção
que sensação
Resguardo para você, em segredo, em me
revelar
Cai toda teoria, não tem tesouraria para
contabilizar o amor
ADELE PEREIRA
07/02/20