ÍNTIMO DESERTO
Me perguntas que tenho sobre a face!
Te respondo: é pranto - Feito inverno.
Apagando o fogo desse inferno,
Que impede o sorrir que nunca nasce.
Quando brota um sorriso é só disfarce,
Pra tentar esconder o medo interno,
Do fantasma que em mim se faz eterno
Sem piedade. Como se não bastasse.
Vertendo anseios, ilusões e medo
Vivo sozinho, aprisionado e quedo
Na longa estrada que aniquila a vida.
Um mal terrível cometi por certo,
Para viver nesse vil deserto
Sem esperanças de achar saída.