POETAS DO SAMBA - RUFINO
VAI MESMO
(Rufino)
Vai mesmo, para mim não causa pena
Para fazer, não tiveste remorso
Queres te esconder, mas a
culpa te condena
Quero esquecer da ingratidão
mas eu não posso
Eu te consagrei
Num amor como ninguém
Me foste perjura
Vai, ó criatura, para o meu bem
Jamais há de causar pena a partida
De quem. ao receber o amor mais puro,
Não deu valor e a ti só foi perjuro
E nem sequer mostrou-se arrrependida.
Agora, tenta-se esconder sem mais
Pensar no mal que te causou um dia,
Quando tirou-te a paz e a alegria
Pela ingratidão de que foi capaz.
Até hoje tu não te esqueces dela
Que praticou tamanho desatino,
Pelo qual ceramente ainda chora.
No entanto, só lhe resta ir embora
Com este triste adeus, mestre Rufino,
Um dos fundadores da Portela.
Bom dia, amigos.
Ótima quinta, Deus os abençoe. Bem-vindos à NOSSA página.