Lua
Parece até saudade a inquietude
que me produz a face de Diana.
Mas mesmo em dimensão petrarquiana
seus olhos averbar eu nunca pude.
Agora o que me calma, o que me ilude,
é ver o amor à luz cartesiana.
Amar sob a razão, porque me sana
de eufórico desejo, a plenitude.
Saudade é a memória sobre a tez;
é o acidulce beijo do talvez
que apenas se condensa em minha mente.
Luz nesta solidão, poesia e prece,
Diana, como em lua se fizesse,
tão linda, tão distante e tão presente.