Lua

Parece até saudade a inquietude

que me produz a face de Diana.

Mas mesmo em dimensão petrarquiana

seus olhos averbar eu nunca pude.

Agora o que me calma, o que me ilude,

é ver o amor à luz cartesiana.

Amar sob a razão, porque me sana

de eufórico desejo, a plenitude.

Saudade é a memória sobre a tez;

é o acidulce beijo do talvez

que apenas se condensa em minha mente.

Luz nesta solidão, poesia e prece,

Diana, como em lua se fizesse,

tão linda, tão distante e tão presente.

Alex Olliveira
Enviado por Alex Olliveira em 03/02/2020
Reeditado em 03/02/2020
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