MEU SONHO MAIOR
É preciso sonhar, deixar, me oponho;
Que, como o vento, invada-me os vazios,
Porque se morre, quando morre o sonho,
Como morrem os peixes sem seus rios.
Sinto-me de alma forte, se me ponho,
Se me vejo a singrar, como os navios,
Em busca do lugar, onde suponho,
Achar novos verões e outros estios.
Já disse um dia, e o repito agora:
Quero morrer descortinando aurora,
Quero chegar sorrindo do outro lado.
Não me deixes, Senhor, sem teu conforto,
Eu quero ver, quando estiver já morto,
O meu sonho maior, acalentado.
Salvador, 9/01/2020 – 7;06 da matina