CORRENTEZA

Quem dera tocar a inocência perdida

Lá na rua dos sonhos tornar a andar...

Sentir o perfume das noites vividas

Por brisas decíduas poder flutuar.

Quem dera o êxtase do fruto maduro

Seu doce insumo, então, degustar

Se por desventura for o olhar taciturno,

A essência de sumo lhe poder resgatar.

Ao tempo que corre, quem dera o milagre!

Dum compasso suave do desacelerar...

E toda correnteza fosse só a singeleza

Num único fluxo do se contemporizar.

Quem dera ao tempo o seu autorresgate!

Dum tempo só ido...que se nega a ficar.