LAMENTOS DE UM RIO

No início do meu leito

La vou eu sem pressa

Despreocupado, sem muito pra levar

Adiante encontro muitos obstáculos

Sujeira e lixo que me impedem de passar

Vou devagar, procurando frestas

Quando o fardo que levo é pesado

Faço um esforço para sustentar

Ultrapassagem proibida, excesso de bagagem

Abro caminho onde eu puder entrar

Não me respeitam e querem respeito

Eu sigo em frente, dou sempre o meu jeito

Vou na contramão, errado ou direito

Mas meu trajeto não posso parar

Alcinete Gonçalves
Enviado por Alcinete Gonçalves em 02/02/2020
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