Sem hora pra gole de poesia
Estrago no salão; ela não bebia,
Poesia, o seu preferido trago,
Afago que da sua alma escorria
Trazia consigo um sereno lago.
Vago era o tamborete ao seu lado,
Trincado um copo, no chão uma bituca,
Muvuca ao fundo, som desligado.
Embriagado moço; e ela maluca?
Sinuca, bebida e tanta fumaça,
Taça imunda; belo riso ela abriu.
Retribuiu o garçom, quase a abraça.
Faça o favor: a folha pediu,
Dirigiu-se à mesa com graça,
Traça e retraça versos; depois saiu...
#ordonismo
Uberlândia MG – 02/02/2020
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Obrigada pelo carinho, Fernando Belino.
A sua tentativa de Ordonismo é sucesso.
Imensamente feliz, abraços!
Um gole de poesia é tudo que precisamos,
diariamente para nutrir a alma. Forte abraço.
Taça de poesia
No bar, sentou-se, não pediu cerveja.
Ora veja, nem vinho quis beber!
Vai saber... Talvez melhor nesta bandeja.
Cereja para o gosto apetecer.
Beber de coisa diferente seja
Pois, veja, o que ela quer é escrever!
Prazer da escrita em seu olhar lampeja.
Benfazeja quer a musa se fazer.
Comer... Beber não traz tanta alegria.
Fazia de palavras coquetel
Tropel de idéia, ótima ambrosia!
Seguia galopando no papel.
Corcel de estrelas e, em taça de poesia,
Bebia, em fartos goles, fino mel.
Fernando Belino
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Conversa poética de Jacó Filho
( feliz...obrigada!!!)
VICIADO EM ESCRITA
Entre escritor e artista,
Ver-se marcas naturais,
Tais poetas repentistas,
Com tiradas originais,
Sem se impor moralista,
Ou querendo saber mais...
O coração dita regras,
A mente cria estruturas.
Das coisas que se apega,
Tem na sagrada escritura,
Uma fé, que não lhe cega,
Mas define suas molduras...
E deste ser espontâneo,
Com esta luz como guia.
Para os seus conterrâneos,
Sempre transmite alegria,
Com efeito instantâneo,
Se o texto for poesia...
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