Bendita Ilhéus
Bendita Ilhéus, sob o teu céu, apenas
eu me desate deste Rio, terás
minha saudade – deusa de abissais
inquietações, rainha de mil penas.
E em teu pelágico alvorar, as cenas
de moças negras entre os coqueirais
tomem lugar do que, veloz demais,
reduz o amor a coisas tão pequenas.
Tu cantarás à luz da Catedral
de São Sebastião o incrível hino
de minha angústia, como o derradeiro.
E na ventura, sacrossanto gral,
possa eu sorver do bálsamo divino
o teu amor, o mar, o mundo inteiro.