DE LÍRICA

Apenas só, na insânia doutro engano,

Logrou por dó de peito um breve arroto --

Oh, vida! O encanto já não vem por voto,

Instinto em pleito...e o Belo é o seu tirano.

Bastasse a baba, no sorriso insano,

Ali por traço de seu mal, que escroto!

Foi pouco, então, à Montserrat do esgoto,

É estranho...e humano, por demais humano...

Aos Músicos de Bremen soa lindo,

Depois dum tempo, o vil acinte ao senso --

Ignora a causa? -- Escuta, há alguns grunhindo!

Oh, zurro! Oh, que balido em caos, que imenso!

Demência pura...e a Musa está dormindo,

E lá vem outro arroto, atroz, mais denso!

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Israel Rozário
Enviado por Israel Rozário em 01/02/2020
Reeditado em 01/02/2020
Código do texto: T6855970
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