DE LÍRICA
Apenas só, na insânia doutro engano,
Logrou por dó de peito um breve arroto --
Oh, vida! O encanto já não vem por voto,
Instinto em pleito...e o Belo é o seu tirano.
Bastasse a baba, no sorriso insano,
Ali por traço de seu mal, que escroto!
Foi pouco, então, à Montserrat do esgoto,
É estranho...e humano, por demais humano...
Aos Músicos de Bremen soa lindo,
Depois dum tempo, o vil acinte ao senso --
Ignora a causa? -- Escuta, há alguns grunhindo!
Oh, zurro! Oh, que balido em caos, que imenso!
Demência pura...e a Musa está dormindo,
E lá vem outro arroto, atroz, mais denso!
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