Insígnia gota

O riso alcunha paz no árduo compasso;

eleva ao céu receptáculo a pele.

Divago, beijo Deus, ouço Bocelli;

e o amor de me expurgar sopra cansaço.

Se a etérea admoestação, tão cru, tão crasso,

me visto de fiel, não me revele

meu coração, o infante fraco, imbele,

nenhuma solidão, nenhum fracasso.

Mas se cair dos olhos, por descuido,

a insígnia gota que me habita e dói,

e se nublar o meu sorriso um pouco,

caia pior. Diga-me Deus, contudo,

que é desde o céu miraculoso albói

verter a dor; salvar-me de estar louco.

Alex Olliveira
Enviado por Alex Olliveira em 30/01/2020
Reeditado em 30/01/2020
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