RASO
Se enganes nesta estrada de ladrilho...
Mas continue, a despir su'alma turbulenta,
Eu estarei nas falhas que te atromenta
E no espelho com teu reflexo maltrapilho.
Faces toscas de oferendas e sem brilho
Tapeiam o banquete que te alimenta
Encham-te a boca, ora brusca e lenta,
Mas a fome da falta faz em ti um filho.
Alimente-se! Pelas migalhas que conhece
Existem sombras por trás de cada prece
Que não foram ouvidas pela sua comoção.
Agora vista esses trapos da sua certeza
Sinta o ôco recompensar em grandeza
Aquilo que não é oriundo deste coração...