SONETO DE PRIMAVERA
Imerso em seu profundo pensamento,
Submergido nos ares de setembro,
Lá vai ele solitário buscando
Palavras que traduzam emoção.
Folhas amarelas do outono inverno,
Vidas mortas pisadas repisadas,
Tapetes qual mortalhas nas calçadas,
Reflorescem nas árvores revivas.
Imagem mágica mira o poeta
Para exprimir todo amor num suspiro;
Último murmúrio do moribundo,
Definitivo como fosse um tiro,
Que matasse sem dor e sem saudade
Entao, o que passou e passara´.