Soneto Sem Vida
Janelas fechadas de sol ausente
vidas esquecidas pelo caminho
histórias apagadas, rasgadas
e um silêncio germinando ao alvorecer
Portas trancadas de céu nublado
calor, nevoeiro, rio que faz morrer
o peito arde, o coração lacrimeja
não viver quem deveria estar vivo
Palavras sussurram na alma
ceceadas palavras buscadas no clamor
e aquele que deu vida se fez tirar
O féretro vagando vigilante em dor
saudade marcando pelo infinito
e agora é choro, perda, oculta e vazia.