JAMBO

A tua seda jambo tem valor

No pomar das delícias, doce fruta

Polpa olorosa, sã, casta, impoluta...

Cica gostosa, íntegro sabor.

Virtuosa beleza é tua cor

Mourisca muito arisca, tão astuta

O sol assaz feliz tanto desfruta

Quando a tez tu bronzeias sem pudor.

Sinto inveja, pois ele é abusado

Por tocar tua pele. – Que ousadia!

Sim, egoísta sou. Muito enciumado.

Queria só eu ter essa alegria.

Mas, me apascentas essa vil vertigem

Quando me entregas teu esgar de virgem.

Paulino Pereira Lima
Enviado por Paulino Pereira Lima em 27/01/2020
Código do texto: T6851900
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