JAMBO
A tua seda jambo tem valor
No pomar das delícias, doce fruta
Polpa olorosa, sã, casta, impoluta...
Cica gostosa, íntegro sabor.
Virtuosa beleza é tua cor
Mourisca muito arisca, tão astuta
O sol assaz feliz tanto desfruta
Quando a tez tu bronzeias sem pudor.
Sinto inveja, pois ele é abusado
Por tocar tua pele. – Que ousadia!
Sim, egoísta sou. Muito enciumado.
Queria só eu ter essa alegria.
Mas, me apascentas essa vil vertigem
Quando me entregas teu esgar de virgem.