NEGRA ESCRAVA

Brilho negro de tua cor,

Semelhante a escura noite.

Não mereces tanto açoite,

Sem o direito de se expor.

Cor de branda pureza rara,

Pávida a senzala finda vida.

Forjada liberdade é negada,

A essa santa mulher esculpida.

Atada em fria corrente,

As costas estúa a dor sangrenta,

O acalanto de tua fé presente.

Languida alma que se desbrava,

Ao peito teu filho se lamenta,

Lembrada seja a divina escrava.

Sergio Braziliense
Enviado por Sergio Braziliense em 25/01/2020
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