Pudesse eu um dia...
Soneto inspirado no soneto ZARPAR autoria do poeta
Piauiense Armengador de Versos e no soneto
O CHAMADO autoria do poeta Jota Garcia.
Obrigada poetas pela inspiração!
Ah, pudesse eu separar-me de mim,
sair bem de mansinho corpo afora,
pisando leve, flutuando ir embora
como plumas ao vento, livre assim...
Liberta de tudo, sorrindo enfim,
dançando na chuva a qualquer hora,
sem compromissos, de mim senhora,
cantarolando, feliz pelos jardins...
Ah, pudesse eu esquecer o cansaço,
o tormento de viver por viver,
empurrando os dias mesmo sem poder...
Pudesse eu soltar esses elos de aço
num repente, todos grilhões romper
e a centelha dos sonhos reacender...
(ania)
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Obrigada poeta Fernando pelo lindo soneto em interação!
FUGA DO CORPO PARA O SONHO
Quando na gente os sonhos reacendem,
Vem ao olhar um brilho como chama,
Manifestada se o amor nos chama
E que apenas as paixões entendem.
Os sonhos só então nos compreendem,
Por serem velhos sonhos de quem ama,
Vindos de uma saudade que reclama,
Mas que habita em nós e que nos prendem.
Como tentar assim se desprender,
Fugir do corpo pra poder viver,
Em outra região ou outra esfera.
Este seria o verdadeiro sonho,
Ou um desejo que não tem tamanho,
Que vive num compasso de espera.
(fcunha lima)