LOGO

Ainda te vou ver amor, sim, logo,

Quando tu vens ao nosso prédio,

Nem sempre vês talvez o tal fogo,

Incendiar com muito mais assédio.

E logo eu entretanto me interrogo,

Se tu és mesmo sério do intermédio....

Quando na verdade eu me rogo,

Pois eu sou na verdade do médio.

Vejo coisas tão naturais e lancinamtes,

Que são de bons e de grandes amantes,

No teu olhar de soslaio que não engana.

Vais sozinha cabisbaixa pela tua rua,

Pensando que a vida é mesmo tua...

Entretanto tu vais comendo uma banana.

LUÍS COSTA

QUINTA-FEIRA, 12 de Outubro de 2006

TÓLU
Enviado por TÓLU em 23/01/2020
Reeditado em 24/01/2020
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