LOGO
Ainda te vou ver amor, sim, logo,
Quando tu vens ao nosso prédio,
Nem sempre vês talvez o tal fogo,
Incendiar com muito mais assédio.
E logo eu entretanto me interrogo,
Se tu és mesmo sério do intermédio....
Quando na verdade eu me rogo,
Pois eu sou na verdade do médio.
Vejo coisas tão naturais e lancinamtes,
Que são de bons e de grandes amantes,
No teu olhar de soslaio que não engana.
Vais sozinha cabisbaixa pela tua rua,
Pensando que a vida é mesmo tua...
Entretanto tu vais comendo uma banana.
LUÍS COSTA
QUINTA-FEIRA, 12 de Outubro de 2006