Soneto de Abnegação
Uma alma calejada de versos esplendores,
Deleitantes amores que me fizeram viver.
Arrasado com o fato, um pseudo-traço,
De sonhos inacabados pela razão de meu ser.
Nada cortês me apronto de enleios amargos,
Dualmente me assombro, totalmente modificado.
Infortúnio acaso, deixando-me à deriva...
Ir-me-ia à vanguarda pela pessoa que me cativa?
Dois versos foram feitos, para que surgisse um efeito:
Desfeito, dissoluto amor, que sequer encarnou...
Põe-te a deixar em paixão, o que um dia expirou.
À dois sonhos me fui sujeito, surgindo-me um efeito:
Imprestável, inoperante amor, que sequer encarnou...
Põe-te a partir daqui, o que ainda não expirou.