LIRISMO INATINGÍVEL
(FOLHA AO VENTO)

Silêncio!... Dormem louros girassóis!
Por eles passo, como folha ao vento
Morosa noite, olhar em desalento
Amor é joia lírica em crisóis
 
Meu coração, qual pluma em arrebóis
Adeja como nuvem ao relento
 Bem rente aos lábios lúbricos do vento
Que emite sustenidos e bemóis
 
 Meu pensamento voa no impossível
Trago estampado, o outono, no meu rosto
No paladar, o teu amargo gosto
 
Encontro- te em lirismo inatingível
Nas rimas, onde foste tu composto
Para imortalizar o meu desgosto.

 
Yeyé *



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