Sem assunto
Tanto que eu queria escrever
Nas linhas do meu caderno
A vida que em mim habita
E o sentido da descoberta
Mas, tudo que me vem à memória
É o silencio da remota infância
Vergonha, medo de tudo à volta
Ainda pensando, eu era o pecado?
Sem reação minha voz calava
Vacilei pelas ruas e escondia-me de mim
Caí no abandono, no vazio, na fantasia
Nada era meu, tudo era tão ausente
Em nada parecia ser melhor
E Despertei sentindo o perfume da primavera.