MEIO-DIA...
É meio-dia, nada fiz, nada desfiz...
A poesia hipnotizou-me o pensamento
Pois, estou preso a ela, escravo do momento
Servindo sem pensar, eterno aprendiz...
Estou inútil, vagabundo, que condiz
Com a fama do poeta que sem sentimento
Só pensa nas metáforas, um comum invento
Nas garras da poesia, cego em diretriz...
No plano do poema que subjugado
À poesia tirana que tem me cegado
Escrevo para o belo, mais dele me afasta...
Mas, chega poesia, tudo tem um fim
Esse domingo é meu afaste-se de mim...
Já chega, terminei, são 13:13, basta...
Autor: André Luiz Pinheiro
19/01/2020