Só sem ninguém.
A minha alma é vaga
vivo no esquecimento
minha dor vil se propaga
nas ondas do sentimento
E o sabor do lamento
trava, range e amarga
quase tudo embriaga
o meu sofrido momento.
Em mim quase nada cabe
de mim já pouco se sabe
eu sou o que nada tem.
Sou um rebento carente
parido sem ter parente
eu sou o irmão de ninguém.